Baixe aqui os volumes da coleção História Geral da África
Para facilitar o acesso da população brasileira à importante coleção História Geral da África, a Fundação Cultural Palmares (FCP) disponibiliza em seu portal, para download, os oito volumes da publicação editada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o que também pode ser feito diretamente do site da instituição internacional ou do Ministério da Educação (MEC).
A coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Agora, a população brasileita foi brindada com a versão em português deste que é considerado pela UNESCO como um de seus projetos editoriais mais importantes dos últimos trinta anos.
Marco no “processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África”, a coleção facilita a compreensão sobre “o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente” – como descrevem os coordenadores do projeto, no site da UNESCO.
Como também explicado pelos responsáveis pelo projeto, a coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, “sob a direção de um Comitê Científico Internacional, formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos”. Para ler mais sobre o assunto, clique aqui ou acesse o site da organização.
Download gratuito (somente na versão em português):
Este volume trata da pré-história da África e da metodologia utilizada para a sua elaboração. A primeira parte do livro avalia a importância atribuída pelas sociedades africanas ao seu passado, ao crescimento e ao desenvolvimento. Discorre sobre a historiografia africana juntamente com uma descrição geral de fontes e técnicas utilizadas no estudo e pesquisa do continente, em um empreendimento conjunto da arqueologia, linguística, literatura, tradição oral e outras disciplinas. Os capítulos de 10 a 12 abordam aspectos linguísticos e migrações. Em seguida, há dois capítulos sobre geografia histórica e uma discussão sobre o quadro cronológico adotado no estudo da África. A segunda metade do volume lida especificamente com o surgimento do homem na África e a pré-história do continente, com destaque para o Vale do Nilo. OBTENHA AQUI:
Este volume aborda desde o período final do Neolítico, em torno do oitavo milênio a.C., até o século VII da Era Cristã. Esse período, de cerca de nove mil anos de história, é subdividido em quatro grandes zonas geográficas, assim abordadas: nos capítulos de 1 a 12, o corredor do Nilo, o Egito e a Núbia, de 13 a 16, as terras altas da Etiópia, de 17 a 20, a área do Magreb e seu interior saariano. Os capítulos de 21 a 29 traçam um panorama do resto da África, bem como das ilhas africanas do oceano Índico. De fato, a maior parte do Volume II é dedicada à antiga civilização do Egito, em virtude do lugar preeminente que ocupa no início da história da África. OBTENHA AQUI:
História geral da África - Volume 3: África do século VII ao XI
Este volume aborda o período que abrange do século VII ao XI e trata principalmente: da influência crescente do Islã nas regiões Norte e Oeste do continente, da disseminação da cultura islâmica e de sua interação com a cultura africana tradicional, da expansão contínua dos povos de língua banto e do florescimento e consolidação de civilizações nas zonas sudanesas da África Ocidental. Discute-se detalhadamente a dinastia islâmica no Norte da África, seus contatos mais amplos e os cristãos na Núbia. Discorre sobre as savanas, as florestas, a costa oeste da África, o Chifre da África, a costa leste da África e o interior, a África Central, a África do Sul e Madagascar, e, por fim, o desenvolvimento interno e os contatos internacionais. Analisa-se, ainda, a diáspora africana na Ásia, bem como as relações internacionais e a difusão da tecnologia no contexto africano. Avalia-se também o impacto geral desse período na História da África. OBTENHA AQUI:
Este volume aborda do século XII até o XVI. Nesse período, a história do continente é marcada pelos registros escritos que se tornam mais comuns, cujos temas característicos são: o triunfo do Islã, a extensão das relações comerciais, os intercâmbios culturais e os contatos humanos, e o desenvolvimento de reinos e impérios. O primeiro capítulo descreve os Almóadas. Seguem-se os capítulos sobre as várias civilizações da África Ocidental: Mali, Songhai, região do rio Níger, bacia do Volta, Chade, Haussa e povos costeiros da Casamance e do Camarões. O enfoque do capítulo 15 em diante é o Norte da África e o Oriente Médio, a começar do Egito e da Núbia, passando pela Etiópia e pelos Estados do Chifre da África, incluindo o desenvolvimento da civilização Suaíli. A África Central é representada nos capítulos em que se tem como referência as áreas entre o litoral e os grandes lagos, a região interlacustre e as bacias dos rios Zambeze e Limpopo. Os demais capítulos falam sobre a África Equatorial, Angola, África do Sul, Madagascar e ilhas vizinhas.
Este livro aborda desde o início do século XVI até o fim do século XVIII. Dois grandes temas se apresentam: primeiro, a contínua evolução interna dos Estados africanos e seus aspectos culturais. Em segundo, o crescente envolvimento dos africanos com o comércio externo e suas consequências. No Norte da África, os otomanos conquistam o Egito e estabelecem regências em Trípoli, em Túnis e em Argel. Ao sul do Saara, alguns dos maiores e mais antigos Estados entram em colapso (Songhai, no oeste do Sudão e Etiópia cristã), ao passo que emergem novas bases de poder (Asabte, Daomé, Sakalava) com estruturas político-administrativas altamente centralizadas e classes sociais distintas, muitas vezes com forte caráter feudal. As religiões tradicionais continuam a coexistir com o cristianismo, em declínio, e o islamismo, em ascensão. Ao longo da costa da África Ocidental, os europeus estabelecem uma rede de comércio cujo foco é o tráfico negreiro internacional, em decorrência, principalmente, do desenvolvimento de lavouras de agricultura no Novo Mundo. As consequências desse comércio para a África são examinadas, inclusive a longo prazo, tendo resultados na atual economia mundial e nas suas desigualdades.
Este volume aborda do início do século XIX aos anos de 1880, anterior à disputa europeia pelo território africano e ao estabelecimento do regime colonial. Durante o período, apesar da crescente presença dos europeus em vários campos, e das influências indiretas e externas sobre muitas sociedades africanas, houve importantes tentativas distintas de se desenvolver e modernizar. Há aqui quatro capítulos temáticos, que examinam as principais forças de trabalho na sociedade africana no início do século XIX, a mudança do seu papel na economia mundial, as tendências e os processos emergentes, e os efeitos da abolição no comércio de escravos. A situação é detalhada em capítulos que tratam de diversas regiões, e os finais relatam a diáspora africana e avaliamcondições de desenvolvimento político, econômico e cultural do continente às vésperas da conquista europeia.
Este volume analisa o período (1880-1935) da partilha colonial, a conquista e a ocupação europeia da África e a invasão da Etiópia pela Itália fascista. Todo o volume é direcionado para as respostas dos próprios africanos aos desafios do colonialismo. Inicialmente, apresenta-se um levantamento das atitudes e reações dos africanos, às vésperas da era colonial, às pretensões europeias e suas ambições imperiais, seguido de capítulos que discutem iniciativas e reações africanas frente a divisão territorial arbitrária, conciliando uma visão geral e o detalhamento regional. A análise dos anos de 1919 à 1935 enfoca o impacto dos aspectos econômicos e sociais dos sistemas coloniais nas diferentes zonas de influência europeia e no norte do continente. Os capítulos finais observam os movimentos anticolonialistas, o fortalecimento do nacionalismo político africano e da interação entre a África negra e o Novo Mundo. Libéria e Etiópia são discutidas em capítulos especiais.
Este volume analisa o período a partir de 1935. São examinadas as dimensões política, econômica e cultural do continente, mediante a progressiva libertação do jugo colonial. Para a África, 1935 marca o início da Segunda Guerra Mundial, com a invasão da Etiópia por Mussolini. O conflito internacional domina a primeira seção deste volume, com a descrição das crises no Chifre da África, na África do Norte e em outras regiões sob o domínio das potências europeias. A segunda e terceira seções do texto ocupam-se das seguidas lutas políticas na África, de 1945 às independências, do subdesenvolvimento e da luta pela autonomia econômica, examinando a construção da nação e a transformação progressiva das estruturas e dos valores políticos. As seções quatro e cinco discorrem sobre mudanças políticas e socioculturais desde 1935. As duas últimas seções abordam o desenvolvimento do pan-africanismo e o papel da África independente nos assuntos mundiais: a relação com países capitalistas, socialistas e em desenvolvimento, com a ONU, e as perspectivas rumo ao novo milênio.
0 Comentários